clipa-mos


Antigo menino-de-coro convertido à decoração indie-pop com harpas e sintetizadores, Pat Grossi é um puto activo que lançou a 23 de Agosto do corrente, a sua segunda colecção de longa-duração, composta por dez canções. " Playing House" é a primeira faixa retirada de um conjunto permeado de um R & B permeado de synths subzero e ecos oníricos estilhaçados, talhado para noites quentes de sexo meiguinho e dolce fare niente. As paisagens sonoras são enriquecidas pelas belas farpelas de corte italiano de Tom Krell, criador do projecto How To Dress Well.
Já o vídeo convida a brincar às casinhas e aos médicos.

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Jealov é a denominação genérica de um enigmático colectivo de produtores belgas entregues a traduções/retroversões sónicas. No mais recente EP Translations, vertem para a linguagem underground, a linguagem de campeões de vendas pop -:Sean Paul, Beyonce, Justin Timberlake, Jay-Z, Aaliyah e outros mais - , com o dicionário técnico do bedroom soul, do dubstep, do hip-hop de comportamento desviante, do psicadelismo moderno e de mais uma caterva de sons bons.ouçam-no aqui

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Mais uma pérola da Stones Throw

Shadows on Behalf sounds like it was recorded at several points throughout history — at a ’60s soul festival, the set of a ’70s porno, a pioneering hip-hop sample demonstration from the ‘80s… it’s a wonderful smorgasbord of stylistic periods. ( via obscure sound )

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Bad as Me é o novo single do álbum homónimo de originais - o último foi Real Gone, em 2004. O disco tem data oficial de lançamento a 25 de outubro. O velho Tom e uma vida dupla vanguardista, no manicómio do costume.


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Depois do EP Verdeja Music e do single Loxhanxha, os excitantes quatro moleques do sul do Rio de Janeiro, lançam mais um single que, segundo os próprios, é dedicado ao Mariano, à Sofia, aos sanduíches do Janela e toda aquela boa galera e coisas bonitas de São Paulo.
Um passeio sensorial por uma manhã de jazz, chill-out e prog, envolta no nevoeiro de vocais guturais.




sob escuta, debaixo de olho




Chamam-se Kerretta , vêm de Auckland, na Nova Zelândia, e são exímios praticantes de um rock instrumental musculado, hiperdinâmico, repleto de nuances instrumentais, facilmente capazes de mudar a temperatura e metereologia ( da tempestade a um típico dia de verão) de uma faixa num abrir e fechar de olhos, à guisa de uns Mogwai ou de uns ISIS. O primeiro vídeo pertence ao tema Maven Fade, de Vilayer, o primeiro álbum de estúdio. O segundo é do sucessor Saansilo, disco que será, em breve, objecto de recensão no blogue.


Mo Kolours - EP1: Drum Talking


De Londres faz-se ouvir mais uma prova de que o multiculturalismo, na dimensão musical, funciona (e de que maneira). Duvida-se que alguém pudesse pilhar lojas, agredir a polícia, ao som das encantatórias "Biddies" e "Bakiraq".
Metade-mauritano, metade-inglês, Joseph Deenamode é um parte percussionista, parte cantor, parte aspirante a produtor e perfeito maluquinho da música (o próprio dixit).
Ouvindo-se o EP de estreia "Drum Talking" (de escuta gratuita aqui ), fica-se com a impressão duradoura de que o iPOD de um adolescente viciado em J.Dilla, Fela Kuti, Oneness of Juju, Francis Bebey, Tony Allen e afins do afrobeat, foi invadido pela alegria serena da Sega ( "Segá" na pronúncia original), mistura de ritmos africanos e europeus, normalmente cantada em kreol maurysen, um crioulo que aldultera a língua francesa e a língua mais falada na ilha- imiscuindo-se em modo shuffle nos próprios beats ocidentais, fazendo-os mais preguiçosos, sentando-se no lugar do rapanço confiante e despreocupado de um Common, das ruminações psicotrópicas pelo deserto do Real, de um Gonjasufi, de um roots reggae de meados de 70s do século passado, ou do voluptuoso voodoo vocal de uma Erykah Badu ou de um D´Angelo. E o que se ouve é música: tal como a devíamos conhecer. sem fronteiras, de credo, estatuto ou cor. O que se ouve é amor, servido numa paleta polifónica impressionista, tão vasta quanto é esta vida que nos acolhe. Cada faixa uma instalação cósmica (como de resto acontece na fantástica capa-quase-mural do disco, a cargo, como todo o artwork original, do pintor sueco Ekta), com sonzões, sons e sonzinhos que pintam um onírico passeio venareante sem fim.
As supra mencionadas tribais digitais "Biddies" e "Bakiraq" ( lendo-se Bacharach, como o nome do tremendo compositor norte-americano), a beatlesca "Dead of Night" (espelhando igualmente algumas malhas de Ambivalence Avenue, de Bibio), o workout percussivo "Drum Talking" e a deliciosamente divertida " 8 Hours", num encontro imaginado entre Steve Spacek e Theo Parrish, estrelam qualquer firmamento. Drum Talking é uma leitura aleatória mas atenta, pelas notas do moleskine de um etnomusicólogo.



headstream

Komposure, é o novo EP do produtor de Filadélfia,Knxwledge. Um drive-by veraneante, adocicado por beats hipnagógicos, preguiçosos, sacando, de quando em vez, da bisnaga, disparando bem-vinda aguinha fresca aos que passam. Ouçam-no agor´aqui em modo stream.



headrush

segundo os últimos estudos científicos, a par do sexo e da cocaína, o acto de escutar música é o que envia mais dopamina ao cérebro; a hormona da boa disposição.
O headphónico nasce então com essa vontade de gratificar com intenso prazer quem o acompanha. Ao contrário do que o Adolfo dos Mão Morta, berrava desesperadamente, um dealer sónico não nos rouba nem leva a alma: leva-nos a ela.
Sejam então bem-vindos a esta esquina de dopamina para o menino e para a menina- onde nunca há rusgas policiais nem nenhum consumidor morreu alguma vez de overdose.